Franck Ribéry, David Villa, John Terry e Sergio Aguero eram alguns dos jogadores mais pretendidos no futebol europeu, mas permaneceram nos respectivos clubes. Pensava-se que casos como estes seriam a regra, mas a verdade é que foram a excepção. Muitos dos futebolistas mais desejados do mundo (Kaká, Ronaldo, Benzema, Xabi Alonso, Adebayor, Tévez, Eto'o, Ibrahimovic) mudaram de clube neste Verão, em que se registaram três das cinco maiores transferências de sempre.
Em tempo de crise, e embora não haja números finais, os clubes gastaram mais do que se poderia imaginar. Em Inglaterra até houve uma redução, mas em Espanha e França os indicadores apontam para gastos superiores aos da temporada passada. O Real Madrid e o Manchester City foram os agitadores e injectaram liquidez num mercado que se previa quase parado. "Criou-se uma pressão inflacionista sobre as transferências e os salários dos jogadores", analisa Emanuel Medeiros, director executivo da Associação Europeia de Ligas de Futebol (EPFL).
Esta resistência à crise é um sinal "da vitalidade e potencial do futebol", mas também inclui um "reverso da medalha", avisa Emanuel Medeiros, alertando para "o preocupante" nível de endividamento dos clubes.
Contas à parte, a Liga espanhola é a grande vencedora desta "batalha". Tirou o melhor jogador à Liga inglesa (Ronaldo, o mais caro de sempre), os dois melhores ao campeonato italiano (Ibrahimovic e Kaká, terceiro e quinto na lista dos recordes ) e o melhor da Liga francesa (Benzema).
Os gastos de Real Madrid e Barcelona conferem um novo protagonismo a Espanha, cujos clubes do escalão principal investiram cerca de 481 milhões de euros, segundo o site Transfermarkt, que regista todas as transferências do futebol. A Liga que mais gastou, porém, foi a inglesa: 541 milhões de euros, apesar da relativa discrição dos candidatos ao título.
A liderança de Inglaterra na tabela dos gastos deve-se ao Manchester City e a uma grande dispersão de investimento pelos clubes médios. Equipas como Everton (23 milhões), Aston Villa (40), Stoke City (21), Sunderland (42,3) e Birmingham (20) gastaram tanto ou mais do que Benfica e FC Porto, os mais gastadores em Portugal.
A par de Portugal (ver outro texto), a Espanha é um exemplo do desequilíbrio entre "grandes" e pequenos. Real Madrid e Barcelona foram responsáveis por 77 por cento das despesas em transferências. "É uma certeza que o fosso entre grandes e pequenos está a aumentar", refere Medeiros.
Em França, o Lyon (gastou 72,5 milhões e recebeu 52,5) e o Marselha (despendeu 40,9 e encaixou 28,3) foram os maiores dinamizadores do mercado, enquanto em Itália o Inter foi o que mais recebeu (muito graças a Ibrahimovic) e o que mais gastou (Diego Milito, Sneijder, Thiago Motta, Lúcio, Arnautovic e Eto'o). O Génova (68 milhões) foi o segundo clube italiano a reforçar-se mais, mesmo à frente da Juventus (55 milhões).Esta resistência à crise é um sinal "da vitalidade e potencial do futebol", mas também inclui um "reverso da medalha", avisa Emanuel Medeiros, alertando para "o preocupante" nível de endividamento dos clubes.
Contas à parte, a Liga espanhola é a grande vencedora desta "batalha". Tirou o melhor jogador à Liga inglesa (Ronaldo, o mais caro de sempre), os dois melhores ao campeonato italiano (Ibrahimovic e Kaká, terceiro e quinto na lista dos recordes ) e o melhor da Liga francesa (Benzema).
Os gastos de Real Madrid e Barcelona conferem um novo protagonismo a Espanha, cujos clubes do escalão principal investiram cerca de 481 milhões de euros, segundo o site Transfermarkt, que regista todas as transferências do futebol. A Liga que mais gastou, porém, foi a inglesa: 541 milhões de euros, apesar da relativa discrição dos candidatos ao título.
A liderança de Inglaterra na tabela dos gastos deve-se ao Manchester City e a uma grande dispersão de investimento pelos clubes médios. Equipas como Everton (23 milhões), Aston Villa (40), Stoke City (21), Sunderland (42,3) e Birmingham (20) gastaram tanto ou mais do que Benfica e FC Porto, os mais gastadores em Portugal.
A par de Portugal (ver outro texto), a Espanha é um exemplo do desequilíbrio entre "grandes" e pequenos. Real Madrid e Barcelona foram responsáveis por 77 por cento das despesas em transferências. "É uma certeza que o fosso entre grandes e pequenos está a aumentar", refere Medeiros.
Na Alemanha, o Bayern de Munique (que pagou 25 milhões por Robben e 20 por Mario Gomez) foi o maior investidor (66,4 milhões), muito à frente do Hamburgo (25,7). Curioso é que todas as cinco principais ligas apresentam saldos negativos entre receitas e despesas em transferências, algo que Portugal contraria, com um saldo positivo de cerca de 28 milhões de euros.
fonte Público
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